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domingo, 17 de julho de 2011

Filhos de ninguém

Andam à solta agrupados por aqui e por além.
Com trajes apalhaçados como filhos de ninguém.
Eles, que parecem elas, elas, disfarçadas deles, a falar de bagatelas com palavreado reles.
De cigarro e de pastilha, como aspecto besuntão, uma coisa neles brilha: A falta de educação.
E (dizem) são estudantes. De quê? Fico por saber.
Pelos modos tão galantes têm muito que aprender!
São produtos dum Abril, que já lá vai na voragem cujas liberdades mim viraram libertinagem.
Perante esta situação reflicto como irá ser a próxima geração, que a vai suceder?...
Com a educação em cacos, o mundo será tal qual uma aldeia de macacos, um zoo monumental?!
Pobres filhos de ninguém com quase tudo...e sem nada!
Tristes famintos do bem, de alma vazia e cansada!

(Pe. António M. Crispim)
in badaladas


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